Antagonismo de um lado, Infinito do outro
De uns meses pra cá, bem antes de começar o blog, eu senti
que tudo está ficando mais pesado.
Antes disso, eu tinha ouvido alguém falar que é hora de
separar o joio do trigo. Eu não gostei muito. Eu não queria separar as pessoas.
Na verdade eu queria que todos vissem a importância do outro, que pudesse
aprender com o outro e principalmente encontrar estimulo para melhorar a si
mesmos.
Mas isso não aconteceu.
O Brasil se dividiu em dois. Um lado direito e outro
esquerdo. E foi ai que a gente errou e errou feio.
Nesses momentos, eu só posso acreditar que burrice seja carma
coletivo. Ninguém em estado normal arriscaria perder os próprios direitos
apenas para prejudicar o outro. Ninguém em seu estado normal olha para o estado
de caos que está o nosso país e diz que política é assim mesmo. Que o Brasil é
assim mesmo.
A pior parte é que ninguém em estado normal acreditaria em
um homem que, apesar de isento, defende alguém que tanto tirou do nosso país.
A nossa política esteve moribunda. Em consequência, temos
uma democracia morrendo mais a cada dia. E isso não é consequência ou do Lula,
ou do Bonsonaro, isso é culpa de cada um de nós que vive como manada e só sabe
viver se conduzida por um pastor.
E os mais conscientes, infelizmente, tentaram se isentar.
Nesse cenário político, nessa história, se tem uma coisa que
eu não quero é participar. O antagonista, que para mim sempre foi o mais
interessante, não é algo mais que eu queria ou possa ser. Não vai ser eu quem
vai lutar contra escolha predominante, ainda que eu discorde veemente.
Minha filha só tem dois anos, eu não posso me arriscar por
ninguém além dela.
Eu tenho medo, muito medo, mas acima de tudo eu tenho fé.
Em Deus e em mim apenas.
Governos, leis e sistemas públicos nunca me deram nada a não
ser tristeza.
E não é assim que eu quero viver.
Não é dessa história que eu quero fazer parte. Fiz o que
pude e fui até onde acreditei.
Agora, escolhi definitivamente fazer parte de outra coisa.
Então, sejam bem-vindos ao “incrível infinito”.
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