Abandonando...


Eu tenho refletido muito sobre tempo e trabalho.
Algumas pessoas dedicam tudo o que tem em enricar mega empresários e se satisfazer com bem pouquinho, só para existir, ás vezes só para tornar a vida de outras pessoas mais completa ou menos difícil ou só para exibir a sua “força” e “coragem”...
Outras pessoas desconstroem esse ideal e criam os seus próprios castelos, ou melhor, seus próprios trabalhos e enriquecem a si mesmos, buscando uma melhor qualidade de vida.
Ambos os lados têm uma coisa importante em comum: o abandono.
O primeiro abandona a si mesmo para seguir o roteiro social. O segundo faz o contrário.
Até a pouco tempo atrás, eu acreditava mesmo que valia a pena 44 horas por semana com plano de saúde e previdência. Mas nada como um choque de realidade para perceber que é melhor passar mais tempo em casa do que no trabalho, afinal, o plano de saúde não salva a sua vida e nem a previdência garante que você viverá para se aposentar. Se você só tem o momento presente, o que justifica passar tanto tempo pensando no futuro?
Na vida real, você pode morrer daqui a cinco minutos.
Planejar o futuro é saudável e necessário. Desisto do presente é até mesmo um pouco doentio.
Minha mãe, por exemplo, gastou anos da vida dela se esforçando demais para que eu tivesse estudos melhores e um futuro garantido. Eu não consegui nada com o que estudei durante esses anos, mesmo com faculdade, nem um emprego formal eu consigo, enquanto o meu marido, que só estudou até o ensino técnico ganha, digamos assim, muito mais que a maioria. Tudo o que eu consegui foi ficar sem minha mãe por perto.
Eu não quero cometer o mesmo erro.
Até já recusei o melhor emprego que me ofereceram para não deixar de ver minha família. Foi difícil. Foi um momento bem sombrio, mas eu sabia que tinha feito a escolha certa. Minha família é um presente, todas as alegrias e conflitos que eu passo com eles são de crescimento e dinheiro nenhum traz algo assim.
Você não precisa abandonar o sistema de um dia para o outro. Eu não conheço a sua situação. Vá aos poucos, mas vá. Viver sua própria vida, a vida que você escolheu é algo muito importante. Mesmo que não possa ir agora, reconheça, e o dia que os seus recursos forem suficientes você irá abandonar.
A real prosperidade não está no poder dos ricos, mas naquele poder que não reconhecemos em nós mesmos e no nosso mundo.
Por isso, prospere!

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